sexta-feira, 1 de maio de 2009

Pequena Miss Sunshine


Sabe quando você ouve falar tanto de um filme, vê alguns artigos, lê algumas críticas, olha para capa do dvd e só depois de ver o trailler resolve assistir? Como se fosse "É, né, vamos ver se é isso tudo mesmo"? Pois então, foi assim que aluguei "Pequena Miss Sunshine".Não vou mentir que fui à locadora na intenção de alugar qualquer coisa que me fizesse dispensar o tédio durante um final de semana, quando lembrei de ter visto algumas coisas sobre este filme. No tanto faz, tanto fez, resolvi arriscar.Confesso que não esperava muita coisa, apesar de alguns nomes no elenco que agradassem, eu ainda estava pensando seriamente em levá-lo para casa. Alguns "detalhes" fizeram o peso na minha decisão; A curiosidade na atuação de Alan Arkin, que levou o Oscar de Melhor Ator Coadjuvante. E o fato de ser muito fã de produções independentes, dei minha cara à tapa. Resultado: Vi Um drama divertidíssimo, com um roteiro simples, porém inteligente, onde mostra problemas sociais de maneira leve e engraçada, e um elenco que se encaixa perfeitamente, tanto no humor como nos diálogos.O filme conta a viagem de uma família problemática, comandada pelo pai Richard (Greg Kinnear), um palestrante frustrado, que tenta vender livros de auto-ajuda. A mãe, Sheryl (Toni Collette), é a mais "normal" da família. Demonstrando um esforço em tentar mantê-la unida, na maioria das vezes fracassando. Dwayne (Paul Dano), é o filho que faz voto de silêncio até poder entrar na Academia da Força Aérea, e mesmo seguindo metade do filme sem falar nada, consegue passar maior interesse e carisma pelo personagem. O tio Frank (Steve Carrel), que vem mostrar que não é apenas mais um Jim Carrey, e sabe sim fazer um papel dramático, é o professor gay, que após ser rejeitado pelo seu aluno, tenta suicídio e vai passar uns tempos nas casa da irmã. Interpretado pelo excelente Alan Arkin, é o avô que foi expulso da casa de repouso por consumir heroína, onde ainda usa escondido da família. E por fim, e centralizando a história, está a pequena Olive (Abigail Breslin), brilhante na atuação e dona do diálogo junto com o penúltimo personagem citado, que praticamente resume o filme. A história é simples. A família Hoover embarca em uma viagem após descobrirem que a filha Olive estaria convidada a participar do concurso Miss Sunshine, aproveitando a situação, a família aprende a conviver com os defeitos e qualidades durante todo o filme, centralizando cada personagem. Abordando assuntos sérios de uma forma irreverente, sem sair do gênero dramático ( uma crítica aos padrões de beleza). Possui cenas hilárias e comoventes durante todos os minutos. Como a cena em que Dwayne descobre ser daltônico. Talvez seja uma das mais interessantes do filme. Seguindo um roteiro inteligente, não peca em alguns detalhes, fazendo com que você tenha carisma por qualquer um deles. Não é a toa que o filme levou para casa o Oscar de Melhor Roteiro Original. Sem exagerar, a trilha sonora encaixa-se perfeitamente em todos os momentos do filme. Elenco impecável, mostrando que o talento dispensa qualquer tipo de efeitos especiais, atuações convincentes e seguindo um roteiro inteligente e ágil, sem apelar pra um final feliz (olha o spoiller) faz de Pequena Miss Sunshine obrigatorio no seu dvd. No caminho da devolução do dvd, vi que nada poderia ser dito para expressar o quanto eu gostei desse filme. Aprendi também que um filme pode ser bom sendo simples, que é possível sim fazer algo interessante e inteligente sem precisar resvalar nos clichês.

2 comentários:

Anônimo disse...

Eu devia ter subornado vc para fazer minhas críticas na faculdade :p

Unknown disse...

achei um saco kkk mas talvez pq eu tenha assistido dublado ¬¬'