domingo, 25 de outubro de 2009

Diário dos Mortos


Se você curte "zombie movies" ou apenas sente curiosidade em saber algo mais sobre o gênero, tudo bem, tanto faz. Mas se você é mais um fã de George Romero e o defende até quando ele inventa de fazer um comercial da Coca-Cola, nem espere por um artigo decente ou elogios sobre esse filme. Acontece que quando você vê noticias de algum filme interessante, ou até mesmo aquele bem falado que está prestes à estrear, bate aquela curiosidade e você fica na dúvida se vai assistir ou não. Mas quando o assunto é George Romero, é praticamente obrigatória a ida ao cinema, ou até mesmo a locação do dvd. O problema é quando o nome do diretor falar mais alto que o próprio filme. Você fica ansioso, espera algo novo, melhor que o anterior ou pelo menos convincente. Ocorre que quando acontece alguns deslizes ou mesmo a falta disso ou aquilo no roteiro, as críticas não perdoam. Eu, particularmente, sou fã do George Romero, considerado o "pai dos zumbis", o velho já tava revolucionando o cinema/horror enquanto eu ainda estava pensando em nascer. Conhecido mundialmente com sua “saga dos mortos”, composta pelos clássicos “A Noite dos Mortos-Vivos" (1968), "Madrugada dos Mortos" (o original, de 1978), “Dia dos Mortos” (1985) e "Terra dos Mortos" (2005). O cineasta afirmou que "Diário dos Mortos" seria um novo começo para a “saga”. Ao assistir "Diário dos Mortos" eu pensava que seria um filme "comum" e não no estilo "cinema verdade", o que fez com que minhas expectativas diminuíssem um pouco. Não achei necessária a trilha sonora no filme, ao invés de sustentar o clima "cinema verdade" acabou deixando o filme meio falso, praticamente tirando a noção de realismo do filme, o que era o ponto forte ou até mesmo a intenção do diretor. Sem isso, você via demais, escutava demais, mas não sentia nada. Eu sinceramente me decepcionei um pouco, apesar de ser um "razoável" zombie movie, tendo algumas cenas interessantes, a sempre presente crítica cultural (é melhor não tocar muito nesse assunto, né) que George Romero insiste em acrescentar nos seus filmes, mesmo sendo filme de zombie, não chega a ser muito aceitável, até porque é feita de clichês. O filme é situado no universo que Romero concebeu para "A Noite dos Mortos-Vivos" e suas continuações. A história, escrita sempre pelo próprio cineasta, gira em torno de uns panacas estudantes de cinema que decidem fazer um filme de terror na floresta (bem original) e acabam se tornando os protagonistas da história, até que são mortalmente atacados por zumbis. Quando eu disse “panacas estudantes” eu quis dizer: O elenco de Malhação em peso. Apesar de ser modinha enfocar "teens" como protagonistas, não me agrada, entretanto, não acho que tenha estragado o filme por si só. Uma sinopse boba, mas pra quem conhece os trabalhos do velho ou é ligado no gênero, pode ser um prato cheio de diversão. Curiosidade: as vozes dos locutores de rádio são do escritor Stephen King e dos cineastas Wes Craven, Quentin Tarantino e Guillermo del Toro. Atualmente, George Romero está filmando “...Of the Dead” que seria a continuação de “Diary of the Dead”, agora é só esperar. Bom, é isso. Não vou falar muito do filme, porque pra mim não fede e nem cheira. Existe uma divisão nos fãs horror/zombie. Há os fãs do gênero e os fãs do George Romero. Meu conselho é: Vá ao cinema, alugue, baixe na internet, compre, mas assista. Porque ai, pelo menos, você pode vim aqui no meu blog, e juntos podermos nos perguntar “O que será que ele quis dizer com esse filme?” Eu gosto muito do George Romero, mas tenho que admitir que apesar de ter sido produzido e escrito pelo mestre do horror/zombie, esse filme ficou bem abaixo dos clássicos já feito por ele.

Fã é fã, mas filme bom é filme bom

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